terça-feira, 22 de setembro de 2015

Dívida Pública Portuguesa


Lagos, 23 de Setembro de 2015
sobre A Dívida Pública Portuguesa
A dívida pública portuguesa atingiu os níveis que atingiu pelos governos socialistas portugueses que apostam na despesa pública como criação de emprego e aumento do consumo. Nada mais falacioso! E a situação que Portugal tem vindo a viver demonstra-o claramente.
Ouve-se criticar o Governo pelo grau de austeridade imposto quando devemos ir sempre às causas e as causas desta austeridade têm a ver com factores externos como as fraudes bancárias que ocorreram nos Estados Unidos resultantes de toda uma política fraudulenta de crescimento económico à base do crédito privado, pessoal e de bens de consumo que se propagou por toda a Europa. Essa política ruinosa porque fraudulenta levou à crise na construção civil e à crise bancária porque a banca estava sobrecarregada de créditos principalmente à habitação. Quando a crise rebentou, porque o período de vida de fraudes é sempre curto e todo o processo está montado para derrubar os mais fracos economicamente, as finanças dos outros níveis sociais balançam, mas aguentam porque têm reforços noutros países; só que a economia de um país está já bastante dependente e cada vez mais das economias dos outros países porque vivemos numa aldeia global e não há retrocesso possível (por isso cada vez há menos espaço para fraudes e políticas fraudulentas porque estas arrastam todas as economias e ninguém fica imune) as empresas mais fracas faliram, a banca mais fraca faliu e a outra cortou no crédito, apostando apenas no crédito seguro, isto é, aquele que tem retorno seguro.
Relativamente a factores internos, o problema de Portugal foi que o Governo português socialista aderiu a esta política de crédito americana e contraindo empréstimos e lançando obrigações do Estado português sem qualquer limite, aumentou enormemente a dívida pública em áreas sem retorno, isto é, não se tratou de investimento público com retorno, mas sim de contrair dívida para consumo, sendo este construção de estradas e auto-estradas não necessárias com a justificação na União Europeia de que iriam ter portagens que pagariam os empréstimos; só que as populações reclamaram e o partido socialista precisava dos votos e foi retirando as portagens. As portagens que conseguiram não ser abolidas as populações e empresas evitam-nas porque são incomportáveis para os seus orçamentos e as receitas das portagens ficaram muito aquém do mencionado porque afirmar que as receitas vão ser deste ou daquele valor e orçamentar com base nisso é fácil, depois os valores reais mostram a ignorância e dolo do que foi feito. Além disto, seguiram-se contratos ruinosos para o Estado Português, mas que beneficiavam bastante as empresas que ficaram com as concessões; empresas de amigos e conhecidos partidários e de outras associações e empresas, tudo apoiado por contratos estatais. Todos os outros foram postos de parte.
Assim se passou também na informatização das escolas; passou Portugal a ser o país com mais escolas informatizadas da Europa. Os tais amigos e conhecidos ganharam bastante, mas a dívida pública cresceu bastante também e todo o material informático das escolas ficou a degradar-se abandonado porque consumia muita electricidade que as escolas não tinham orçamento para pagar e os professores não se sentiam à vontade a trabalhar com este material. Mais uma vez, o rácio (estatística) não corresponde à realidade.
Chamaram-se quadros superiores portugueses para o ensino superior e investigação. Passados poucos anos a maior parte voltou a sair porque o país não lhes dava as condições logísticas, financeiras e não há o mecenato português para terem as condições adequadas para trabalhar, mas foram feitos os gastos públicos e o crédito aumentou sem ter retorno.
E mais, muito mais… tudo dentro da mesma onda.
Acrescentando a isto, dívida pública que vencia e que era necessário pagar.
Assim Portugal, em 2010, 2011 apanhou o rebentamento da onda da crise americana com créditos existentes enormes públicos, empresariais e pessoais sem possibilidades de pagar devido à falência de muitas empresas da construção civil e ao desemprego consequente em vários sectores por arrasto que alastrou por todo o país e por toda a Europa e consequente diminuição das receitas do Estado.
Como continuar a manter a mesma despesa do Estado em funcionários, pensões, apoios…?
Como aumentar a despesa pública na reparação, construção de casas e prédios para alugar a preços reduzidos, fazendo obras públicas? Lançando mais obrigações do Estado Português no mercado de capitais internacional? A que taxas de juro? Pagáveis como?
O Governo Sócrates pediu empréstimos e lançou obrigações a taxas de juro que chegaram a ser à volta dos 20%. O Governo Sócrates culpa a oposição por ter chumbado o PEC4. O PEC4 não tinha condições para fazer face aos compromissos a pagar com a dívida pública. É mais uma falácia do partido socialista. Como teríamos sobrevivido sem o empréstimo da Troika em tranches a juros tão baixos comparados com os que estávamos a pagar e as suas condições?
Quem teria feito melhor no geral do que o Governo Passos Coelho – Paulo Portas tem feito, incluindo a credibilização de Portugal no estrangeiro?

NINGUÉM, ninguém mesmo!