sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O Estado Português


Lagos, 04 de Fevereiro de 2013
O Estado Português
O Estado Português tem vindo a passar por uma grande reforma.
Primeiro, é importante recordar que o Estado foi criado e continua a existir para servir a população do seu país nas suas várias vertentes, incluindo a segurança do país e o seu bom funcionamento e para isso toda a população contribui com os impostos que paga. Contudo a população não é estática, ela está em constante migração dentro do país e também sai do país, emigra, deixando o país com menos população. Então, se os centros administrativos, de segurança, ... continuam sempre nos mesmos edifícios e com o mesmo número de pessoas; a administração pública, que num dado momento era eficiente e eficaz, deixou de o ser porque passou a servir mais pessoas ou passou a servir menos pessoas, se estas se deslocaram para outros centros administrativos e assim aumentaram os seus custos administrativos per capita, diminuiu a sua produtividade, aumentaram a desmotivação por falta de trabalho no posto de trabalho, a insegurança por sentirem o seu posto de trabalho em perigo, ...
Por tudo isto, há necessidade de, de tempos a tempos, promover grandes reformas onde se faz uma atualização do aparelho do Estado nas suas várias áreas e níveis. Para a reestruturação do aparelho do Estado há que saber estudar a densidade populacional de centros geográficos escolhidos, devido à relação proporcionalmente directa entre a quantidade de pessoas que os habitam e os centros da Administração, para determinar onde colocar estes centros, qual a sua dimensão física adequada, qual o número adequado de funcionários de modo a que cada centro da Administração seja eficaz e eficiente, não só no momento da reforma, mas ainda por uns bons anos.
Qualquer Grande Reforma não se faz num mandato ou dois, mas a longo prazo e não é possível fazê-la de uma só vez. Após tomada a decisão de iniciar a Reforma do Estado, há que estabelecer objectivos, elaborar estratégias, programar cada estratégia aprovada, controlar os prazos e os gastos e promover ajustamentos que se julgam necessários para que o resultado final seja sempre igual ou melhor do que o planeado. Só assim vale a pena um gasto tão elevado do erário público e tanto empenho. Tudo isto deve passar de Governo para Governo, mesmo que de partidos políticos diferentes.
Atualmente temos cerca de 600 mil funcionários públicos, isto é, 13% da população portuguesa trabalha na Administração Pública, a sua média de idades é 44 anos e 47,4% dos quais tem formação universitária. Como em qualquer organização, na Administração Pública também se devem
  • criar as condições para avaliar o desempenho de cada um dos seus funcionários;
  • ampliar a transparência;
  • aumentar a motivação do pessoal;
  • melhorar a sua liderança;
  • aumentar a sua confiança no Governo, já que é a ele que reporta.
A Administração Pública reporta ao Governo, tendo como patrão a população que, com os impostos que paga, lhes paga os seus salários (ao Estado) como, numa empresa, os empregados reportam ao gerente/administrador/gestor, mas o seu patrão é o proprietário da empresa ou os accionistas da empresa.
O Estado existe em Portugal desde que este existe, desde 1143, conforme o atestam documentos da Santa Sé, em Roma. São muitos anos e séculos e o Estado Português sempre se foi reestruturando com a sabedoria, o bom-senso e o amor a esta terra por parte das gentes que tiveram o privilégio de se encontrarem em posições de poder para a (Reforma do Estado) poder executar. Então manda o bom-senso não considerar o que existe zero e de o Governo Central, em Lisboa, decidir e mandar executar tudo de início.
Como em qualquer reforma, há necessidade de saber o que existe, avaliar o que se pode aproveitar, adequar isso ao que se pretende e "restaurar" como se fosse um imóvel ou móvel do qual gostamos muito e queremos preservar, saber que cortes é possível concretizar, onde, que orçamentos serão os mais adequados para cada caso ... Só assim faz sentido a Reforma do Estado.
Então, na minha opinião, o Governo Central tem de, primeiro, saber o que se passa pelas Administrações Públicas deste país em diálogo aberto com os centros locais da mesma. Parece-me que as Comissões de Acompanhamento têm aqui um papel fundamental como intermediárias. Depois, tomam-se as diversas decisões a nível governamental, tomando em atenção a densidade populacional e desenhando círculos abrangendo, sempre que necessário, áreas de pequena e média densidades populacionais; isto porquê? Porque é necessário que cada centro administrativo seja eficaz e eficiente e que cada centro se pague, o mais possível, a si mesmo. Então cada centro administrativo tem de servir um número de pessoas suficiente para os funcionários do centro e este centro que fica no centro do círculo, equidistante para toda a população que serve, tem de ter um raio que, na circunferência, não abranja pessoas que morem muito longe do centro administrativo. Há que tomar atenção à possibilidade de existência de transportes públicos e vias de acesso a estes centros.
Se há lugar onde existe burocracia, isso é principalmente na Administração Pública e ela serve objectivos concretos da Administração Central e isso é positivo, mas também serve objectivos concretos de alguns funcionários que se servem dela (burocracia) e isso é negativo e há que extrair esses problemas.
Mas o Estado não é apenas a Administração Pública; é também a Educação, a Saúde, a Defesa, a Segurança, o Parlamento, a Justiça, ... Em todos estes sectores, faz sentido o que eu escrevi para a Administração Pública, em geral.

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