domingo, 23 de setembro de 2012

As Minhas Leituras:“Pensamentos para a arte de gerir”


Hoje venho partilhar convosco leituras que realizei em 2011, mas que me parecem ainda atuais. Espero que possam ser úteis a alguém.

in revista EXAME n.o320 de Dezembro de 2010; editora IMPRESA Publishing, Lisboa.

Pensamentos (úteis) para a arte de gerir”; texto de Joana Madeira Pereira; pp.90-92.

Paulo Moura, mestre em Ciências Empresariais e autor da obra Persuacção – o que não se aprende nos cursos de gestão e assessor da administração da empresa Pavigrés Cerâmicas, "a gestão das organizações perde-se numa compartimentação de saberes, característica da sociedade atual. A gestão – nomeadamente em processos de mudança – não se restringe a uma alteração pontual que possa surgir desgarrada das questões e dos valores que interessa salvaguardar.

Carlos Leone, filósofo e professor na Universidade Nova de Lisboa, acredita que a "especialização das disciplinas em áreas e subáreas cada vez mais específicas permitiu avanços imensos dentro de cada domínio, mas implicou uma crescente ignorância mútua até à incomunicabilidade. O resultado é a incapacidade de pensamentos filosóficos influenciarem doutrinas económicas mesmo quando usam o mesmo vocabulário. Hoje os economistas e gestores profissionais estão cientes e não se envergonham da dimensão ética, política e cultural dos seus temas de eleição.

A filosofia, a economia, a medicina procuram uma possibilidade de previsão e de antecipação que permitam a identificação de sintomas do que está mal e depois a sua supressão. As suas armas são o diagnóstico, a estratégia e a capacidade tática de agir e poder intervir cirurgicamente em circunstâncias adversas." explica o filósofo António Caeiro.

Responsabilidade social e desenvolvimento sustentável são indispensáveis em qualquer estratégia empresarial. Já Aristóteles referia que a coragem está entre a cobardia e a temeridade. Acreditava que o homem aprende e cultiva hábitos. Assim os trabalhadores podem ser formados para as boas práticas empresariais desde a mera pontualidade ao respeito pelos clientes e pelos stakeholders (accionistas). As pessoas procuram no trabalho (e nas relações pessoais) felicidade, satisfação, sentido e realização.

Aos gestores do século XXI, segundo Paulo Moura, espera-se que saibam justificar as suas decisões, fundamentar os seus pontos de vista e explicá-los aos seus subordinados, superiores e colegas. Frequentemente em vez de diálogos existem monólogos alternados, mas a argumentação é o motor da mudança e evolução empresariais, não existindo confronto de argumentos e soando apenas a voz autoritária do chefe, criam-se resistências e aversões.

Segundo as regras da retórica aristotélica se um participante num diálogo argumentativo aceita as premissas que são apresentadas pelo interlocutor (chefe), então deve aceitar a conclusão. No contexto da mudança organizacional, o diálogo argumentativo não pode terminar com a simples conclusão. O fim último tem de ser necessariamente a decisão para acção.

As empresas em época de mudança vêem-se transformadas em arenas de instabilidade à custa de fusões, reestruturações e operações de downsizing. Torna-se necessário cada vez mais a fundação em valores sólidos que permitam uma adesão racional à mudança quer por parte dos decisores quer por parte dos seus colaboradores.

Para as organizações, fidelizar clientes mais imprevisíveis implica uma capacidade de inovação muito maior. Enquanto a velha economia se baseava na produção em massa para responder às necessidades dos consumidores; a nova economia exige estratégias inovadoras para chegar aos desejos e sonhos dos clientes.

A noção de finitude: não se pode ser tudo ao mesmo tempo para todas as pessoas. Escolher o que se quer ser e fazer implica escolhas difíceis. Pode-se preferir uma estratégia de baixos preços ou optar por produtos de elevada qualidade, mas não se pode ter as duas coisas. Os executivos devem assumir que as empresas não são eternas. É necessário encontrar diariamente novas formas de desenvolver o negócio.

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in revista EXAME n.o316 de Agosto de 2010; editora IMPRESA Publishing, Lisboa.

De embaixadora a empresária”; texto de Manuela Goucha Soares; pp.98-99.



(...) em Setembro de 2009 já tinha a empresa Minerva Lara – Latin America Business constituída.

"Portugal poderia estar muito melhor em termos económicos se soubesse explorar melhor o tema – mar. Com uma costa tão grande como a que vocês têm, a vossa estratégia de desenvolvimento deve passar pelo mar; provavelmente os portos portugueses praticam preços demasiado elevados e por isso são menos competitivos do que os espanhóis. As estatísticas de comércio com a América Latina estão mal feitas porque a maior parte dos produtos entra pelo porto de Vigo. Portugal tem todas as condições para ser o grande porto de entrada na Europa.

Além do mar, Portugal deveria apostar mais na promoção do vinho, do azeite e do turismo. São três áreas em que vocês podem marcar a diferença e que não estão a ser promovidas como deveriam ser.

O Panamá, como o Equador e El Salvador, usa o dólar americano.

O grande erro dos portugueses e pode ter custos para o futuro, é o facto de os portugueses discutirem muito as pessoas e falarem pouco de projectos. A política económica não pode ser mudada cada vez que muda o Governo."


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