sábado, 31 de dezembro de 2011

Boas Festas 2011

Venho desejar-vos que a festa do Natal tenha sido passada com muita alegria, saúde, paz e amor e toda a época natalícia o seja também e desejo o mesmo para a Passagem do Ano e que o Novo Ano de 2012 seja melhor do que este que está a terminar. Tudo de bom!
Saudações em Jesus Cristo e Maria
Maria Figueiras

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Sim ao Euro ou sim ao Escudo

Lagos, 28 de Novembro de 2011
Sim ao Euro ou sim ao Escudo
Grande polémica vai por este país sobre se sim ao Euro ou sim ao Escudo e eu pasmo.

Ainda há tão poucos anos foi criado o Euro!

Agora as razões (motivos) para se voltar ao Escudo são as mesmas que se utilizaram para aderir ao Euro. Quem não se lembra, mesmo os da última geração, os jovens, dos problemas inerentes à inflação:

1- muitas notas, mas cada vez se comprava menos com elas e porquê?

Sem haver aumento da produtividade o Banco Central de Lisboa produzia mais moeda (e notas); então as por exemplo 1000 notas atuais tinham o mesmo valor que as 100 anteriores. Logo poder-se-ia ter mais dinheiro na carteira, mas comprava-se muito menos do que se comprava anteriormente. Logo ganhava-se o mesmo ou um pouco mais, mas quem não tinha bens estava cada vez mais pobre. Isto porque o Banco Central de Lisboa não precisava de anunciar ao povo que tinha lançado no país mais notas e moedas. Então quando as empresas aumentavam os salários depois de muita insistência dos sindicatos, elas sabiam que poderiam aumentar até um certo um ponto que os trabalhadores ficariam na mesma com menos poder de compra, mas felizes porque os seus salários tinham sido aumentados nominalmente apenas e os sindicatos falavam em salários nominais e salários reais. Por outro lado, quem tinha bens (de valor ou não) poderia vendê-los por um preço muito superior, descontando a inflação que é, muito simplesmente, em maior ou menor escala, o lançamento em circulação de meios de pagamento para além das necessidades do movimento económico.

Esta acção pode ser benéfica e mesmo necessária quando feita em pequena escala e com rigor e porquê? Há sempre dinheiro a sair do país: emigrantes que, quando se deslocam ao seu país levam a moeda do país onde trabalham para cambiar no seu próprio país; há turistas que levam dinheiro do país visitado para guardarem para recordação; há coleccionadores; há paraísos fiscais; há a corrupção que lava este dinheiro fora do país; … Então vai havendo cada vez menos moeda a circular no país e periodicamente o Banco Central do país emite moeda que lança para o mercado através do bancos de que nós somos clientes para colmatar esta falta. Assim não se sente a falta do dinheiro que saiu e a inflação é diminuta, não provocando nem aumentos de salários nem aumentos nos preços.

Agora o que se passa atualmente é bem diferente. Não há dinheiro a circular no país, na Europa, isto é, os bancos de que somos clientes não têm dinheiro porque há problemas muito graves a acontecer:

1- Há os paraísos fiscais que absorvem muito dinheiro europeu e aqueles encontram-se fora da Europa; logo esse dinheiro não circula na UE. Pode circular noutros países, mas não na UE.

2- O Euro incomodou muita gente porque veio desafiar o dólar que era a moeda internacionalmente aceite e moeda corrente em bastantes países. Isso fez com que se elaborassem estratégias para fazer o euro cair e o dólar voltar a ganhar o seu poder, pois o câmbio faz perder muito dinheiro.

A UE veio desafiar os blocos instituídos e os blocos emergentes e atacando a moeda – Euro – enfraquece-se também o próprio bloco – União Europeia. Como? retirando moeda do mercado. Vários têm sido os meios: emigrantes, facilitando o crédito e o endividamento exageradamente, os paraísos fiscais, exportando e não importando, …

Então o normal seria a União Europeia lançar em circulação meios de pagamento para além das necessidades do movimento económico. Depois o que fazem aqueles que retiveram enormes quantidades de Euros? Lançam-nos na União Europeia através dos seus emigrantes, turistas, concedendo créditos vantajosos e então o que acontece? Quem tem esses Euros faz compras: compra bens móveis e imóveis como empresas, bancos, … passa a dominar a economia, as finanças, … passa a dominar a União Europeia. Quando o país, UE superabunda de moeda que medidas tomam os governos? Promovem a subida dos preços e instala-se a inflação desordenada, sem controlo.

Claro que tudo isto são apenas suposições, mas é assim que se faz o dia-a-dia de todos nós.

A União Europeia pediu aos países emergentes que lhes comprassem dívida soberana, mas não é a altura adequada para quem quiser fazer algo de grande vulto. Esperam que primeiro os Bancos Centrais produzam e lancem quantidades de Euros nos países da União Europeia para suplantar a falta de moeda que atualmente existe. Depois sim, a Europa ficaria a nadar em Euros nas mãos de alguns que passariam a fazer muitas compras.(parece-me)


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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Há impostos e impostos

Trata-se apenas de um comentário, uma mera opinião.

Lagos, 15 de Novembro de 2011
Há várias políticas de impostos. Cada Governo segue as suas. A um Governo Social-Democrata espera-se que tenha políticas principalmente sociais. Por isso, é eleito. Como social-semocrata que sou, acho que, em altura de crises, os impostos devem manter-se baixos para evitar a recessão e, se possível, ajudar ao crescimento do sector da economia, pois é esse que gera riqueza de onde se vai buscar as receitas dos impostos. Se se aumentam os impostos em época de crise, “mata-se a galinha dos ovos de ouro” e depois não há ouro para ninguém; destrói-se o sector produtivo e as famílias e cada vez é menor a receita dos impostos porque o Governo levou quase todos à falência. Agora quando se quer mudar a classe empresarial, quando se quer mudar a estrutura empresarial; aí os meios justificam os fins (será?).

Pois bem, mas além disso, há outras matérias também muito importantes, neste caso, para Portugal:
  • trata-se dos impostos sobre o turismo – Portugal, cada vez mais, vive do turismo já que se destrói o seu tecido empresarial produtivo; então para não matar mais uma das poucas “galinhas dos ovos de ouro” que temos, os impostos sobre este sector têm de ser dos mais baixos da União Europeia e países congéneres. O motivo é claro: atrair os turistas para as várias e variadas belezas do nosso país e dar a conhecer ainda mais belezas que não estão ainda expostas porque (claro), aumentando as receitas do turismo, aumenta-se a receita dos impostos (não é a carga fiscal que o Governo recebe, mas sim as receitas dessa carga fiscal.)
  • trata-se dos impostos sobre a cultura – os portugueses de Portugal andam a viver uma das piores crises de que se lembram e isso deixa-nos desanimados, deprimidos e até revoltados o que não é bom para a economia e a estabilidade do país; então a cultura tem um papel importantíssimo a desempenhar neste momento em que não há presente e parece que não há futuro para ninguém. A cultura não aparece como panaceia, mas sim como uma oportunidade de conhecer outras vidas, outras culturas, outros pensamentos … Fazer trocas de espectáculos com companhias estrangeiras … é necessário levar os portugueses a esquecer por momentos as suas agruras e pensar noutras coisas, noutras situações, procurar encontrar saídas … Aliviar a alma! É necessária uma política de incentivo de deslocamento dos portugueses aos lugares onde se faz cultura, pagando o Estado uma percentagem do preço do bilhete para aqueles de mais baixos recursos e é necessário que os impostos sejam dos mais baixos da carga fiscal para que as companhias consigam manter-se e fazer o seu trabalho. Na história de qualquer país, isto sempre aconteceu. Só por ignorância, não se toma em atenção este factor – a cultura;
  • trata-se da defesa das nossas fronteiras – Portugal é um país fronteiriço e é também fronteira da União Europeia. Portugal não pode descurar a defesa das suas linhas de fronteira até como elemento dissuasor. Sabemos das apetências de muitos por este pedacinho de terra. É importante a sua defesa para não se tornar numa “república das bananas” que já está muito a caminho disso.  

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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Medidas Problemáticas

Lagos, 06 de Novembro de 2011
A economia pertence aos grupo das Ciências Humanas porque o seu objecto e objectivo último são as pessoas. Principalmente quem governa, seja a que nível for, não pode esquecer que toma decisões para o desenvolvimento do país que existe pela sua população e que directa ou indirectamente vai afectar pessoas positivamente ou negativamente. E também não pode esquecer que está a governar para toda a população; não só para a que o(a) elegeu. Todos são afectados pelas suas medidas e a sua obrigação é manter a população num nível satisfatório geral. Quem se sente prejudicado/injustiçado tem todo o direito de reclamar e há que ter essas reclamações em atenção porque elas são o barómetro dos resultados/consequências das medidas que vai tomando, para corrigir. Sem este barómetro poderia trabalhar muito, mas como não corrige por ignorância, vai de mal a pior até fazer cair num abismo toda a população. É muito importante qualquer governante estar atento às vozes e movimentações da sociedade em geral para ir fazendo as devidas correcções. 
Decidir cortar os subsídios de dois salários: 13.o e 14.o talvez para dar margem de negociação à oposição; foi uma decisão errada politicamente porque dá vantagem política à oposição e faz a linha política onde está inserido perder posições, pois é uma medida que afecta muita gente negativamente. É mau jogo dar tantos pontos ao adversário!
Se achava que poderia cortar apenas o subsídio de um salário; isso deveria ter apresentado logo, talvez não ganhasse pontos, mas também não perdia, oferecendo bastantes pontos à oposição. Qualquer governante está sempre a fazer política, mesmo que o seu ministério seja economia.

As empresas privadas agradecem que a Segurança Social corte estes subsídios só aos funcionários públicos e reformados e não ao sector privado; talvez o objectivo seja inverter a posição procura/interesse entre privado e estatal, demonstrando que cada vez mais o privado está a ficar mais aliciante do que o estatal. Têm esse direito!

Por outro lado, sugerir às empresas aumentar em meia-hora o horário de trabalho dos seus colaboradores, pagando o mesmo salário, para participarem no aperto que os funcionários públicos estão a sofrer para se ultrapassar a crise (?) talvez cortar-lhes estes subsídios ajudasse e não criaria vítimas e privilegiados numa sociedade tão pequena e com uma classe média tão sofrida, também foi uma decisão infeliz. As pessoas não são máquinas. As máquinas, pomo-las a trabalhar mais meia-hora e elas produzem o correspondente a essa meia-hora de produção dentro do estabelecido para produzirem.  
Então se as pessoas fossem máquinas (só que as máquinas não consomem o que é produzido só as pessoas), a empresa aumentaria talvez a sua produtividade porque

PRODUTIVIDADE DO TRABALHO – Valor acrescentado bruto (VAB) por trabalhador. Obtém-se dividindo o VAB da empresa pelo número de trabalhadores ao seu serviço. Mede a eficiência das firmas na utilização dos recursos humanos. Comparações entre a produtividade de empresas de diferentes sectores devem ser feitos com cuidado. Tal como entre sectores de actividade diferente se deve cuidadoso. Por exemplo, uma indústria de capital intensivo terá, em condições normais, uma produtividade do trabalho superior a uma indústria de mão-de-obra intensiva.

VALOR ACRESCENTADO BRUTO (VAB) – Soma das vendas totais, trabalhos para a própria empresa, variação de produções, subsídios destinados à exploração e receitas suplementares, menos os consumos intermédios. Alternativamente, o VAB poderia ser calculado somando os impostos directos, despesas com o pessoal, despesas financeiras, outras despesas e encargos, amortizações, reintegrações e provisões do exercício, perdas extraordinárias do exercício e de exercícios anteriores e resultados líquidos e subtraindo as receitas financeiras correntes, ganhos extraordinários do exercício e de exercícios anteriores.

Contudo, há que ter em atenção que mais meia-hora de trabalho implica obrigar pais e mães a ficarem aflitos com os seus filhos que estão à sua espera e mil e uma tarefas domésticas que ficam atrasadas porque estes colaboradores não ganham para ter empregadas(os) que façam estas tarefas por eles como muitos dos decisores. Então significa que eles não vão produzir o que produzem nos seus tempos mais produtivos. Pelo contrário, porque eles já estão cansados e desmotivados é muito natural que haja bastantes acidentes de trabalho neste período o que vai provocar a ausência dos acidentados por um período mais ou menos longo; logo diminuição do índice de produtividade.

Por outro lado, ter a empresa a laborar mais meia-hora implica aumento dos custos fixos, pelo menos.

E o que é que o Estado recebe a mais por toda esta situação supostamente a criar?

Nada, porque na verdade, se a empresa não conseguir vender este suposto excedente de produção não realiza dinheiro, aumenta os custos dos produtos em armazém e os seus lucros não apresentam aumentos no final do exercício anual e portanto não há aumento de impostos para o Estado.

Na verdade, esta medida sugerida parece mais um castigo para os trabalhadores do privado, significando que o cortes nos salários do sector estatal é feito como um castigo. Mas como? De que culpa são estes acusados? Não foram eles os causadores da crise em nenhuma fase desta.

Estamos numa fase de recessão e muitas empresas não conseguem vender o que produzem ou os serviços que prestam e por isso há tantas empresas a falir. Como se justifica este suposto aumento de produção? Os empresários/gestores devem pensar 'mas vamos vender este excedente de produção a quem? Só se for ao Senhor Ministro!!!!'

Nada disto faz sentido!!!!!!!!

A solução não está em aumentar a produção, baixando o custo da mão-de-obra operacional que está a um nível terceiro-mundista e, por isso, com o apoio dos restantes países da UE, nos últimos tempos, Portugal vinha a aumentar anualmente o salário mínimo. Agora temos problema quando a empresa paga salários terceiro-mundistas aos colaboradores operacionais e paga salários superiores aos salários dos quadros superiores congéneres nos países mais desenvolvidos economicamente da União Europeia quando eles apresentam volumes de vendas muito superiores aos das empresas portuguesas. A solução não passa por escravizar os colaboradores operacionais, mas resolver o problema dos salários dos quadros superiores e encontrar mercados para vender a produção nacional.   
mailto:maria.c.figueiras.portugal@gmail.com

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"As Empresas e o Talento" de Luís Monteiro

in revista EXAME n.o320 de Dezembro de 2010; editora IMPRESA Publishing, Lisboa.
As empresas e o talento”; texto de Luís Monteiro; pp.80-84.
Luís Monteiro, 31 anos, integra a direcção corporativa de recursos humanos do grupo Mota-Engil, tendo desempenhado funções de consultoria na Deloitte e na PCA.
Num estudo desenvolvido na Universidade do Minho, em 2009, direccionado para as 500 maiores e melhores empresas em Portugal que adoptavam melhores práticas de gestão de pessoas e as variações ao nível dos seus resultados financeiros, concluíu-se que
o índice de rotatividade das empresas em globalmente baixo (x7%). Nas funções de direcção, este índice foi de (x4%); isto é, em cada 100 colaboradores com funções de direcção, registaram-se 4 saídas voluntárias;
o índice de melhores práticas de gestão de pessoas (±46%); isto indica que a baixa rotatividade tem a ver com a baixa dinâmica do mercado do trabalho e da mobilidade das pessoas interempresas devido ao reduzido leque de alternativas e a aversão à mudança.
Esta conjugação de factores cria um baixo nível concorrencial na aquisição/desenvolvimento de talento nas empresas, retraindo o processo de transformação e modernização dos ambientes organizacionais em que o colaborador se sente e atua como um elemento diferenciador no serviço prestado pela empresa.
O mercado é relativamente estático (as novas oportunidades que surgem são escassas), fechado (as pessoas têm uma predisposição baixa para encararem mudanças), o risco é baixo (a probabilidade de perda de quadros com um know-how crítico para o negócio é reduzida) e vigora o princípio da manutenção do status quo (as empresas e pessoas que se mantenham ligadas às suas posições dominantes e relações de confiança, têm maior probabilidade de vencer).
Custo de oportunidade por explorar nas empresas portuguesas:
custo da perda marginal dos melhores – as empresas que não constroem ambientes que promovam um clima de estímulo e orientação para o desempenho correm o risco de perder os colaboradores que devem reter (e que são absorvidos pelo mercado de trabalho por valorizar as suas características distintivas) e de reter os que devem perder (e se mantêm acomodados às suas posições). Nestas empresas, os colaboradores que saem são tendencialmente aqueles que detêm melhor potencial e, por isso, se tornam atractivos para outras empresas que os procuram.
Custo da improdutividade – a) a existência de uma relação de causa-efeito entre a adopção de melhores práticas e a margem de lucro e produtividade registadas. As empresas que registaram um índice de utilização de melhores práticas, obtiveram ganhos de lucro e produtividade superiores; b) relativamente ao volume de vendas por colaborador, o cluster de empresas que apresentou um maior índice de utilização de melhores práticas de gestão de pessoas, registou aprox. mais 300 mil euros/ano de vendas por colaborador do que o cluster inferior.
Custo da lenta estagnação – a conjugação de factores como a exiguidade de alternativas no mercado de trabalho, ambientes organizacionais pouco estimulantes e um rácio de renovação de pessoas baixo deriva frequentemente para um processo de lenta estagnação com consequências evidentes na capacidade de inovação e mudança.
Estes fenómenos levam a que
a evolução demográfica – estima-se que Portugal esteja entre os três países da OCDE com uma taxa de decrescimento demográfico mais acentuada ate 2050. isto significa uma população predominantemente envelhecida, estática do ponto de vista da dinâmica de movimentação no mercado de trabalho, produzindo mais custos e estimulando menos o emprego.
O progressivo achatamento das empresas – nos países mais desenvolvidos existem inúmeras organizações de pequena dimensão a funcionarem em rede. A visão vertical da empresa com oportunidades de ascensão virtualmente para todos é cada vez mais remota e a reduzida fluidez na movimentação de profissionais interempresas não constitui, muitas vezes, uma via alternativa ao crescimento e progressão.
A inadequação entre a qualificação e as necessidades das empresas – À medida que as empresas se especializam e atuam em mercados mais exigentes, estão a sentir maior necessidade em identificar profissionais que reúnam características específicas. Estas são geralmente competências transversais (de liderança, comunicação, relacionamento interpessoal, resiliência, ...), experiência em diferentes empresas/mercados com nível de sofisticação significativo (daí a valorização crescente de experiências em empresas/mercados internacionais) e capacidades técnicas e analíticas fortes. Este acumulado de experiência e know-how é ainda pouco desenvolvido nas universidades e pouco acessível no nosso mercado.
Efeito das "algemas de ouro" – o carácter relativamente estático do mercado, a mentalidade de aversão ao risco e à mudança, a existência de práticas pouco evoluídas de gestão de pessoas, tem criado um fenómeno designado por "algemas de ouro". Nas últimas décadas, profissionais inseridos em ambientes de trabalho pouco exigentes e estimulantes, com baixas alternativas de mudança foram ascendendo num sistema de gestão que privilegiava mais a lealdade (por via da natiguidade) do que o mérito (por via do desempenho). Estes profissionais encontram-se atualmente instalados nas suas posições com reconfortantes pacotes de benefícios que constituem um forte desincentivo à mudança. Para agravar, devido à rápida obsolescência do conhecimento técnico e das alterações da configuração dos negócios, o mercado não está atualmente disposto a pagar a estes profissionais as condições que possuem face às competências que apresentam (muitas vezes inadequadas aos novos standards exigidos). Este fenómeno, para além de dificultar ainda mais o processo de mudança e renovação organizacional, constitui uma fonte de improdutividade e estagnação.
Ao nível da economia, importa inverter o peso excessivo que o sector não-transacionável detém na economia portuguesa, a reduzida exigência na regulação de determinadas indústrias, a concentração do capital nalguns sectores, a baixa dinâmica do investimento.
Nas empresas, incorporar mais conhecimento no processo de criação de valor, construir culturas mais participativas e horizontais em que a partilha de ideias decorre não só do topo para a base, mas de baixo para cima, envolver os colaboradores nos processos de tomada de decisão, estimular a mobilidade interna dos profissionais através de carreiras em zigue-zague, estruturar processos mais exigentes de atracção do talento, premiar o mérito baseado no desempenho e apostar na formação contínua e retenção dos melhores profissionais.
Ao nível das pessoas, incentivar o nível de (re)qualificação nas áreas das tecnologias de informação e comunicação, energia, saúde e serviços especializados, estimular comportamentos de empreendedorismo quer no contexto do mercado, criando novos projectos profissionais quer no contexto da empresa, contribuindo para a prospecção de novas áreas de negócio, desenvolver competências sociais, apostar na diversificação das experiências profissionais e acompanhar o estado-da-arte das diferentes áreas de conhecimento que estão a alterar os padrões de funcionamento nos domínios da atuação a nível internacional.
A atuação sobre estes três níveis é uma condição essencial para se sedimentar uma cultura que valorize o mérito versus estatuto, a inteligência versus improviso, o esforço versus facilitismo, a abertura à mudança versus conformismo, a aprendizagem contínua versus qualificações adquiridas porque são estes os ingredientes com os quais se compete e se competirá cada vez mais na arena global.
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